terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Escultura de um Devaneio

Quando adormeci o espetáculo começou
E pude sentir em mim vexames de alegria,
No suntuoso e auspicioso sonho eu dormia
E navegava solene e embevecido nos braços do meu amor.

Na fantasia onírica tudo era pleno de acontecer
E me fitavam radiantes os olhos de minha amada,
A festa era um fulgor para minha alma apaixonada
Que me deixava ébrio, zonzo, atônito de prazer.

A natureza depositava flores aos meus pés
E o tempo sussurrava alegorias em meus ouvidos,
Harpas celestiais adornavam meus tímpanos adormecidos
E pelo nariz eu respirava os tons mágicos em duas chaminés.

O êxtase esculpiu em minh'alma marcas de emoção
E em meu despertar concebi lágrimas de saudade em meu coração!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Relação Íntima

Meu abraço te convida a delirar
E a sufocar minha alma na tua,
Despidos e de aparências nuas
Imantar meu eu no teu na ânsia tresloucada de amar.

Aos teus delírios entrego-te meu prazer
E deixo-me banhar em teu suor,
Neste instante não respiras só
E minha volúpia é brisa que te faz estremecer.

Ternos toques inebriam lado a lado
E na comunhão plena do ato consumado
Vê-se o sorriso inefável de uma sensualidade sem dissabor...

O viço consumido é energia que depura
Dois corpos amantes de uma relação pura
Em que o principal ingrediente é o amor!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Engenho de Amor

Sou um caçador de alegorias,
Um radar que fareja distâncias,
Magia que configura circunstâncias,
Um cardápio repleto de fantasias.

Sou um artesão que orvalha o amor,
Arquiteto dos alicerces da utopia,
Sou manancial de sonhos em que a poesia
Seduz a alma transformando a vida em flor.

Sou um adereço que a palavra encontrou
Para fomentar no seio do universo a esperança,
Vim para cativar inesquecíveis lembranças
E fazer o mundo sorrir de poesia e amor.

No anfiteatro que a vida ornamenta diariamente,
Minha palavra labuta para edificar um cenário diferente!